A
grave crise que o Brasil passa vem obrigando os prefeitos demitirem em todo o
país. Todos os dias na Bahia, as cidades têm anunciado demissões em massa e as
que ainda não fizeram irão fazer, chegou a vez de Camamu. Em declaração, o
presidente da UPB, Eures Ribeiro diz que, como todos os municípios perderam
cerca de 20% do valor da arrecadação mensal em relação ao ano passado, além da
repatriação que teve um valor muito abaixo do esperado, as demissões são
inevitáveis.
Em
Camamu, além da crise financeira, ainda tem um outro fator muito grave. A falta
da prestação de contas do governo anterior prejudicou muito a renda do
município neste ano porque fez a prefeitura perder muitos recursos, que
atualmente não estão mais sendo repassados para as contas do município pelo
governo federal ou estadual, como nas áreas de saúde educação e social. Um
outro fator grave foi no setor de educação que teve uma perda no número de
alunos matriculados, para se ter uma ideia, de 11 mil alunos em 2012,
atualmente tem pouco mais de 8 mil. Essa diminuição fez o município ter uma
perda gigantesca de recursos, algo em torno de 3 milhões por ano.
Além
disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal só permite que o município gaste até
54% dos recursos em folha de pessoal, o que passar disso é ilegal. Por isso, a
prefeitura teve que fazer uma readequação e cancelar cerca de 150 contratos.
“O
governo municipal é obrigado a demitir ou terá problema para pagar a folha e
ainda terá as contas reprovadas. Mas estaremos trabalhando na busca de
recursos, outros programas e fontes de renda para o município para que sejam
abertos novos postos de trabalho. Como na construção de obras, por exemplo. É
uma decisão muito difícil nesse momento, mas não temos escolha, é nossa
obrigação fazer isso nesse momento. Finalizou a prefeita Ioná Queiroz de
Camamu.
Fonte:
Políticos do Sul da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário