Um
relatório do Observatório da Judicialização da Saúde Suplementar do
Departamento de Medicina Preventiva da USP, coordenado pelo professor Mário
Scheffer, indica que o número de ações judiciais envolvendo planos de saúde
disparou no Estado de São Paulo neste ano. Foram 17.114 de janeiro a julho.
Este é o maior volume já registrado na história, segundo a colunista Mônica
Bergamo, da Folha de S. Paulo.
O
documento destaca que o número de decisões judiciais "cresce em ritmo mais
acelerado do que a evolução da população atendida pela saúde suplementar".
Em
2011, um levantamento do Observatório apontou que 3.895 ações foram julgadas.
A
pesquisa da USP indica ainda que há mais causas envolvendo planos de saúde do
que relacionadas ao SUS, embora o sistema público atenda maior número de
cidadãos. O principal motivo que gerou ações foi a exclusão de coberturas ou negativas
de atendimentos (47,67% das decisões).
No
entanto, a crise econômica e o desemprego fizeram com que, desde 2014, a
quantidade de usuários de planos diminuísse em todo o país. Em março de 2017,
17.539.718 pessoas tinham planos no Estado. Em março de 2011, o número era
maior: 17.544.330.
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