A
dois dias da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos
Deputados, o presidente decidiu manter a agenda livre, nesta segunda-feira
(31).
Segundo
informações de bastidores, o objetivo é continuar telefonando para os
parlamentares que estão indecisos, na tentativa de convencê-los a apoiá-lo.
Temer
foi denunciado por corrupção passiva, pela Procuradoria-Geral da República,
após ser citado na delação da JBS.
Agora,
a denúncia precisa passar pela aprovação dos deputados federais, antes de
seguir ao Supremo Tribunal Federal (STF), a quem cabe instaurar o processo
judicial contra o presidente, seguindo o que manda a Constituição.
Na
semana passada, o vice-líder do governo na Casa, Beto Mansur (PRB-SP), preparou
uma lista com o nome de 80 deputados, que deveriam ser contactados pelo
presidente.
"O
presidente Temer está ligando para uns 80 deputados", disse Mansur.
Para
autorizar, ou não, a denúncia, o plenário da Câmara precisa de 342, dos 513
votos da Casa. Já para barrar o processo, o governo precisa do apoio de pelo
menos 171 deputados.
"Tem
muita gente ainda indecisa e é com esses indecisos que a gente precisa
conversar. Não é absolutamente nada de troca de cargos, nada disso. Eu acho que
a gente precisa conversar para mostrar a defesa, para convencer esses
parlamentares da necessidade de manter o presidente trabalhando”, afirmou o
deputado, na semana passada, em entrevista ao portal G1.
A
interlocutores, Temer já teria dito, segundo O Globo, que reverteu a posição de
20 parlamentares com os telefonemas.
Beto
Mansur é conhecido por fazer o trabalho de contagem de votos e prever o
resultado da análise de projetos de interesse do governo.
Poder
& Política
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