O
juiz federal Sérgio Moro liberou R$ 500 mil ao executivo Ildefonso Colares
Filho, ligado à Queiroz Galvão, para tratamento de saúde. O empreiteiro, réu em
duas ações penais na Operação Lava Jato e com bens bloqueados, deverá
apresentar os comprovantes das despesas à Justiça. A decisão de Moro foi tomada
na sexta-feira, 7. No início de junho, o executivo informou ao juiz que em 17
de fevereiro deste ano foi submetido à cirurgia ‘para retirada de carcinoma
hepatocelular’. A Moro, o empresário relatou que está fazendo sessões de
radioterapia e tomando ‘diversos medicamentos’ e apresentou uma tabela com
despesas médicas que somaram R$ 391.352,90 em 2016. A defesa do executivo havia
pedido a liberação de 30% de R$ 17,1 milhões, valor total bloqueado (R$ 7.511,80
em dois bancos, R$ 17.170.762,67 em Letra de Crédito de Agronegócio – LCA no
Banco do Brasil e R$ 4,60 em conta-corrente de outro banco). O procurador
Januário Paludo, da força-tarefa do Ministério Público Federal na Lava Jato,
sugeriu ao empresário que usasse o Sistema Único de Saúde (SUS) e defendeu
liberação de 5% da Letra de Crédito do Agronegócio– R$ 850 mil -, com a
condição de ‘apresentação de bem imóvel de valor equivalente ou superior, livre
e desembaraçado, para constituição de garantia real’. Em sua decisão, Moro
anotou que ‘não é viável a liberação de valores expressivos a acusado que
responde a duas ações penais, com arbitramento de valores expressivos a título
de danos mínimos a serem reparados, sem a oferta de bem em garantia’.
Estadão
Conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário