Primeiro na linha sucessória
caso o presidente Michel Temer deixe o Planalto, o deputado Rodrigo Maia
(DEM-RJ), presidente da Câmara, tem negado em público que esteja se articulando
para disputar em uma eventual eleição indireta. Mas o deputado do DEM tem buscado
apoios na base aliada e até mesmo do PT. Entre outros movimentos, Maia
aproximou-se de partidos de oposição e teria, segundo petistas, tentado abrir
um canal de diálogo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula porém,
abortou a iniciativa, pelo menos por ora.
A avaliação dele é que
qualquer conversa sobre eleição indireta agora soaria como um conchavo no
momento que o PT defende a bandeira das diretas-já. Mesmo assim, o
ex-presidente disse a aliados que, se Temer cair, Maia tem chance de ser o
próximo presidente. “Se o Temer cair ele (Maia) vai assumir interinamente por
um mês. Depois que sentou ali é difícil tirar. Os deputados não vão pensar duas
vezes entre votar em outro deputado ou em alguém de fora”, disse o deputado Zé
Geraldo (PT-PA). O PT, que realiza até este sábado, 3, seu 6° Congresso
Nacional, deve aprovar o boicote da bancada de 58 deputados do partido a um
eventual colégio eleitoral. Mas há na legenda, e no campo da oposição no
Congresso, defensores da tese pragmática de que Maia manteria pontes com os
partidos de esquerda.
Parlamentares oposicionistas
relatam que Maia mantém discrição total mesmo nas conversas mais reservadas e
não se coloca abertamente como postulante. Mas isso não seria necessário. O
deputado do DEM adotou agora o mesmo figurino de “não candidato” do ano
passado, quando negou até o último momento que estava na disputa pelo posto
mais alto da mesa diretora.
Bastidores do Poder
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