O Licenciamento Ambiental
foi a pauta do encontro realizado entre representantes dos produtores rurais
baianos e o Governo do Estado, na Casa Civil, nesta semana em Salvador. O
vice-presidente de Desenvolvimento Agropecuário da FAEB, Guilherme Moura, acompanhado
pela assessoria jurídica e ambiental da Federação, discutiu os impactos da
decisão de suspender o Licenciamento Ambiental, baseado na Lei Estadual nº
13.597/2016 e Decreto nº 16.963/2016, com os secretários da Casa Civil, Bruno
Dauster, do Meio Ambiente, Geraldo Reis, e da Agricultura, Vitor Bonfim; além
do procurador-geral do Estado, Paulo Moreno e da diretora geral do INEMA,
Márcia Telles.
A Lei que estabelece procedimentos específicos
para a regularização de imóveis rurais no estado foi suspensa por meio de uma
ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal e Ministério
Público Estadual, e determina que o INEMA retorne com o licenciamento ambiental
das atividades agrossilvipastoris de acordo com a legislação federal em vigor,
de caráter nacional/geral sob a pena de multa. Os produtores baianos, que
realizavam suas atividades de acordo com a Lei Estadual, passaram a ficar
irregulares, e impedidos de adquirir, por exemplo, crédito junto aos bancos.
“Essa decisão colocou todos os produtores
rurais da Bahia na ilegalidade. O impacto que isso traz para a classe produtora
é enorme. Mais de 741 mil produtores rurais baianos, em uma área total de 29
milhões de hectares vão ter impactos e terão grandes prejuízos”, ressaltou
Guilherme Moura.
Só no Oeste do Estado, segundo a AIBA –
Associação dos Irrigantes da Bahia, o prejuízo é de R$8 bilhões. Um montante
que já é alto, e num ano de crise, seca e insegurança jurídica, deixa o
produtor rural ainda mais preocupado.
A FAEB, juntamente com a AIBA, sindicatos dos
Produtores Rurais de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, e demais
representantes dos produtores seguem em busca de uma solução que possa resolver
a situação. “A agropecuária é o segmento que tem dado as melhores respostas
nesse momento de crise profunda que o país está vivendo, é preciso
sensibilidade para resolver esta situação. Não mediremos esforços para que o
produtor rural volte a trabalhar com tranquilidade”, pontuou Moura.
Vivian Cruz santos (Ascom)
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