Em reunião neste domingo (1)
com o presidente Michel Temer e ministros no Palácio do Alvorada, o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), definiu que não realizará votações no
plenário da Casa na quarta-feira (3) para acelerar a apreciação da reforma da
Previdência na comissão especial que analisa a matéria. O governo quer concluir
a votação da proposta no colegiado ainda nesta semana, para evitar que o
relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), acabe cedendo à pressão de
diversas categorias por mudanças no parecer.
A discussão na comissão
especial deve ser encerrada nesta terça-feira (2). Com isso, a votação no
colegiado poderá começar no dia seguinte. A ideia do governo é acelerar os
trâmites na quarta-feira, para que a votação possa ser concluída até a
quinta-feira (4). Caso o presidente da Câmara abrisse a ordem do dia no
plenário da Casa, a votação da reforma na comissão especial teria de ser
interrompida, o que poderia atrasar o calendário.
Embora o governo diga que
quer votar a matéria na comissão nesta semana, líderes de partidos da base
aliada dizem que a previsão "mais realista" é só concluir a votação
na semana que vem. Eles argumentam que precisam de mais tempo para negociar o
texto. O argumento é que o relatório de Oliveira Maia tem de ser o mais
amarrado possível, para evitar que deputados da base aliada apresentem emendas
ou votem a favor de emendas da oposição no plenário, desconfigurando os eixos
da reforma.
Além de Maia e de Temer,
participaram da reunião no Alvorada os ministros da Fazenda, Henrique
Meirelles; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco; da
Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy; e da Educação, Mendonça Filho. Os
líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Senado, Romero
Jucá (PMDB-RR), também estiveram presentes no encontro, assim como o deputado
Heráclito Fortes (PSB-PI).
Bastidores do Poder
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