Nosso País está mergulhado
numa crise que parece não mais ter fim. Além do alto nível de desemprego, que
já ceifou mais de 14 milhões de postos de trabalho formais, e da taxa básica de
juros (Selic) que, apesar das recentes reduções a conta-gotas, permanece na
casa dos dois dígitos, além de outras situações nocivas para o povo brasileiro,
ainda vem o governo com suas propostas arbitrárias de promover as reformas da
Previdência e trabalhista, que suprimem direitos históricos dos trabalhadores.
Inaceitáveis as pretensões
governamentais de dificultar ao máximo o acesso da classe trabalhadora à
aposentadoria, de diminuir o valor dos benefícios, de precarizar o trabalho
formal e tentar enfraquecer a luta dos trabalhadores. Obstruir o acesso a
direitos históricos dos trabalhadores é caminhar na contramão da história e
retroceder no processo democrático do País.
A luta é árdua, mas não
podemos esmorecer. Temos de sair às ruas e demonstrar ao governo, e a parlamentares
aliados da base governista, que unidos somos fortes, e que sabemos, como
ninguém, defender nossos direitos. Isolados nada somos, mas juntos, organizados
e mobilizados, somos capazes de barrar qualquer injustiça à qual queiram nos
submeter. Mesmo dentro de uma empresa um trabalhador sozinho torna-se presa
fácil dos maus patrões. Mas o conjunto de trabalhadores dessa empresa, imbuído
de um único ideal e disposto a fazer com que a justiça seja feita, é um osso
duríssimo de roer, e tem grandes possibilidades de alcançar suas metas.
Todas as conquistas dos
trabalhadores ao longo dos anos foram frutos de muita união e luta. Nada caiu
do céu. E não será uma “canetada” que vai fazer desmoronar tudo o que foi
construído até aqui. Depende única e exclusivamente de nós e da nossa atuação.
Nossa mensagem está dada.
Uma andorinha apenas não faz verão. Precisamos ser parte integrante de um
coletivo que luta incansavelmente para fazer valer nossos direitos. Não podemos esquecer jamais que o que está em
jogo é o nosso futuro e o futuro dos nossos filhos e netos.
João Carlos Gonçalves –
Juruna
Secretário-geral da Força
Sindical e vice-presidente dos Metalúrgicos de São Paulo
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