A Frente Brasil Popular,
centrais sindicais e movimentos sociais realizaram ontem um ato no teatro Tuca,
na PUC-SP, por eleições diretas e para o lançamento do chamado Plano Popular de
Emergência, uma para retomada do crescimento no cenário pós-eleições diretas.
No evento, também discutiram a possibilidade de convocar uma greve geral entre
na última semana de junho, mas a data não ficou definida.
O ex-prefeito Fernando
Haddad (PT-SP) foi um dos convidados e também engrossou o coro por eleições
diretas. “O povo precisa recuperar seu protagonismo. Não se pode falar em
reformas sem que os trabalhadores sejam ouvidos. Não haverá governo legítimo
que não passe pelas urnas”, disse Haddad. O Plano apresentado no evento tem
como pontos básicos: a antecipação das eleições para presidente; uma reforma
política; taxação para grandes fortunas e a constitucionalização da renda
mínima. “É um plano que ainda está aberto a propostas e discussões, mas é a
partir dele que iremos retomar a democracia e a soberania nacional”, afirmou
Raimundo Bonfim, coordenador da Frente Brasil Popular. Em sua fala, o
presidente da CUT, Vagner Freitas, criticou o impedimento de Dilma Rousseff, a
que chamou de “golpe”, assim como as reformas trabalhista e previdenciária.
Freitas também disse que a entidade não vai apoiar nenhum político em eleições
indiretas, caso o presidente Michel Temer deixe o cargo.
“Não vamos apoiar nenhum
presidente indicado. Não apoiaremos nem se o indicado for alguém de esquerda”,
declarou Freitas. O presidente da CUT também adiantou que o sindicato trabalha
com a hipótese de uma greve geral de dois dias, entre 26 e 30 de junho.
Estadão
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