O vice-procurador eleitoral
Nicolao Dinode informou, nessa terça-feira (4), no início do julgamento da
chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o publicitário João
Santana e a mulher dele, Mônica Moura, assinaram acordo de delação premiada com
a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A ex-presidente Dilma
Rousseff, por sua vez, falou do seu carinho pelo marqueteiro e disse que terá
"muita dificuldade" se ele falar mentiras sobre ela durante os
depoimentos. O casal foi responsável pelo marketing da campanha de Dilma nas
eleições de 2010 e 2014.
A ex-presidente, de acordo
com informações da colunista Mônica Bergamo, já esmiuçou o depoimento de
Marcelo Odebrecht ao TSE e fez por escrito comentários sobre cada item. Neles,
chega a dizer que não acredita na existência de uma conta corrente entre o
construtor e a campanha dela, mas sim entre Marcelo e "e quem dirigia a
operação do João Santana, que todos diziam que era a Mônica Moura".
Para chegar a essa
conclusão, ela se baseou em partes do depoimento do executivo. "[Marcelo]
fala que pagava ao João Santana dois, três anos depois [de serviços prestados
em campanhas eleitorais]. Se é verdade isso, há uma conta corrente, porque tem
fluxo constante de caixa", afirma.
Ainda segundo a colunista,
Dilma também refuta a afirmação do empreiteiro de que R$ 20 milhões foram pagos
a Santana no caixa dois pelo marketing da campanha presidencial de 2014.
"Por que eu pagaria R$ 70 milhões para o João Santana em caixa um [valor
declarado oficialmente ao TSE] e R$ 20 milhões em caixa dois? Por que,
hein?", questiona.
Bastidores do Poder
Nenhum comentário:
Postar um comentário