Michel Temer vem defendendo
pontos críticos da reforma da Previdência mas afirmou que o governo cedeu ao
Congresso quando concordou em alterar cinco pontos da reforma da Previdência na
quinta-feira (6). De acordo com o presidente da República, o "ponto
fundamental" do projeto é estabelecer uma idade mínima de aposentadoria.
Temer disse em entrevista à Folha de S. Paulo, que poderá criar a possibilidade
de uma diferenciação para mulheres.
"Convenhamos: se nós
tivermos a idade de homem de 65 anos, e a de mulher 64 ou 63, não significa que
não tenha sido feita uma grande conquista", afirmou o presidente em seu
gabinete no Palácio do Planalto nesta sexta (7).
O peemedebista ressalvou:
"Ainda não está em pauta essa última matéria. Vamos verificar mais para a
frente se é necessário ou não".
A estratégia do governo é
segurar essa decisão como uma carta na manga para as negociações da reforma
quando ela estiver para ser votada no plenário da Câmara, explica a publicação.
Em relação aos votos favoráveis ao projeto, Temer não quis arriscar uma
previsão. "Não consultei ainda os numerólogos. O que precisamos saber é no
dia da votação. Agora, qualquer avaliação é precipitada", considerou.
Temer também falou sobre as
mudanças acertadas com o relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), entre elas
regras de transição e da aposentadoria rural, acúmulo de pensão e
aposentadoria, aposentadorias para policiais e professores, e o benefício
assistencial pago a idosos e pessoas com deficiência pobres. Segundo o
presidente, essas mudanças têm impacto "mínimo" sobre a economia que
será feita com a reforma.
"Cedemos até onde
podemos", afirma. "O ponto fundamental da reforma é a questão da
idade. Se fixarmos uma idade mínima, porque hoje as pessoas se aposentam com 50
ou 49 anos, já damos um passo avançadíssimo."
Bastidores do Poder
Ainda durante a entrevista,
Temer avaliou que a lei que regulamenta a terceirização não precisa de medida
de proteção para trabalhadores., pois, segundo ele, a proposta não causa
prejuízo aos empregados.
Ao fazer uma análise dos
seus 11 meses de mandato, p presidente ressaltou que não cometeu "nenhum
erro" desde que assumiu o Planalto. "Cometi acertos. E acertos
derivados de muita coragem. Não creio que tenha praticado nenhum erro",
afirmou.
Poder & Política
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