Contestamos o teor da
matéria de capa do jornal o Globo intitulada "Sindicalismo de
resultados".
A matéria insinua uma
relação ilícita e suspeita entre o presidente da Força Sindical e deputado
federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, e executivos da empreiteira
Odebrecht.
Isso não é verdade. Estando
à frente de uma das maiores entidades representativas de trabalhadores do
Brasil e sendo uma de suas maiores lideranças, Paulinho dialoga, em nome dos
seus representados, com os diversos setores da sociedade. A conversa com
executivos de empresas faz parte do cotidiano de qualquer dirigente sindical.
Antes de partir para um enfrentamento, busca-se o diálogo, a negociação. Por
exemplo, entre os anos de 2009 e 2013 quando, através do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), grandes obras se espalharam pelo território brasileiro,
milhares de operários entraram em conflito com os empresários. O governo
federal criou, então, uma câmara de conciliação, com participação de
empresários e trabalhadores, para tratar das demandas que eram colocadas.
As centrais sindicais que
tinham em sua base trabalhadores da construção pesada, foram chamadas pelos
sindicatos da categoria para ajudar a conduzir o movimento e participar das
negociações. Neste contexto, a Força Sindical esteve presente, com vários de
seus dirigentes, no Pará, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso, Bahia e no Rio de
Janeiro. Toda essa movimentação resultou na assinatura de acordos ou convenções
coletivas, sempre aprovadas em assembleias dos trabalhadores envolvidos. Nossa
central nunca se negará a ajudar qualquer sindicato filiado em suas
negociações. Neste momento em que se discute o negociado sobre o legislado, não
tenham dúvida que a presença das centrais será cada vez mais presente.
Sobre as comemorações do 1º
de maio, a Força Sindical sempre declarou seus patrocinadores. Isso fica claro
e transparente na imprensa, nos cupons para o sorteio e no palco onde se
apresentam artistas e representantes do poder público. Os logotipos dos
patrocinadores estão estampados para quem quiser ver. E tudo é feito de forma
lícita, dentro da lei. Posto isso, afirmamos que a manchete do jornal O Globo é
mal-intencionada e induz os leitores a pensar que relações sindicais legais,
que beneficiam os trabalhadores, são negociatas tramadas na surdina a fim de
favorecer este ou aquele.
Não temos dúvida de que se
trata de uma ação para enfraquecer o movimento sindical, neste momento de
debate das reformas trabalhista e previdenciária, e fragilizar ainda mais as
condições de trabalho no país.
João Carlos Gonçalves,
Juruna,
Secretário Geral da Força
Sindical e vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
Adalberto Galvão, Bebeto,
Presidente do Sindicato dos
Trabalhadores da Construção Pesada do Estado da Bahia e deputado federal
(PSB/BA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário