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sábado, 29 de abril de 2017

Contos & Causos - A história de Ana Rosa e Chicuta



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Quem é fã da dupla Tião Carreiro e Pardinho conhece bem a música “Ana Rosa”, de Carreirinho. Fato verídico ocorrido no passado em Botucatu-SP, “A Morte de Ana Rosa” mistura realidade e lenda, violência e religiosidade.
Ana Rosa era casada com Francisco de Carvalho Bastos, conhecido pelo apelido de Chicuta, um Carreiro que trazia a mulher “num cortado”, ditado do povo da época em 1876. Temperamental e machista, Chicuta  tinha um ciúme doentio da esposa e começou a tratar mal Ana Rosa, tanto moralmente como fisicamente transformando a vida daquela mu-lher em um martírio. Ana Rosa, cansada de sofrer, resolveu fugir de casa, saindo a cavalo rumo à Botucatu-SP. Lá chegando, pediu abrigo e ajuda na casa de uma mulher conhecida por Fortunata Jesuína de Melo, proprietária de um Cabaré. Chicuta, quando chegou em casa e não encontrou Ana Rosa, como um louco saiu a procura da esposa e armou a vingança. Foi atrás da fugitiva e, chegando à Botucatu, contratou José Antonio da Silva Costa, o Costinha, e Hermenegildo Vieira do Prado, o Minigirdo, para matarem Ana Rosa.[Quebra Suave]Costinha se fez passar por um bom homem e ofereceu cobertura para Ana Rosa deixar o marido. Mal sabia ela que caminhava para uma cilada mortal.
 Quando Costinha chegou com Ana Rosa nas proximidades do Rio Lavapés e ela viu seu marido, se deu conta da emboscada. A moça pediu à todos os santos para que não a matassem e mesmo assim os assassinos, sem piedade, consumaram o crime, esquartejando-a. Ana Rosa morreu no dia 21 de junho de 1885, com vinte anos de idade. Era nascida no Município de Avaré-SP.Os criminosos foram presos e condenados. Costinha após cumprir a pena saiu e morreu esmagado quando cortava uma árvore. Minigirdo morreu na prisão vítima da varíola. Chicuta, numa tarde de sexta-feira, ia voltando da cidade para a fazenda quando, em dado momento, o carro parou e ele, nervoso, batia nos bois, mas o carro não saía do lugar. Ao se deitar no chão para verificar as rodas do carro, os bois seguiram e as rodas separaram a cabeça de seu corpo.[Quebra Suave]A história de Ana Rosa é relatada na música “Ana Rosa” de Carreirinho, e gravada em 1957 pela dupla “Tião Carreiro e Pardinho”



Enviado por Ramiro Vióla, de Botucatu-SP ao BlogThis!

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