Quem é fã da dupla Tião
Carreiro e Pardinho conhece bem a música “Ana Rosa”, de Carreirinho. Fato
verídico ocorrido no passado em Botucatu-SP, “A Morte de Ana Rosa” mistura
realidade e lenda, violência e religiosidade.
Ana Rosa era casada com
Francisco de Carvalho Bastos, conhecido pelo apelido de Chicuta, um Carreiro
que trazia a mulher “num cortado”, ditado do povo da época em 1876.
Temperamental e machista, Chicuta tinha
um ciúme doentio da esposa e começou a tratar mal Ana Rosa, tanto moralmente
como fisicamente transformando a vida daquela mu-lher em um martírio. Ana Rosa,
cansada de sofrer, resolveu fugir de casa, saindo a cavalo rumo à Botucatu-SP.
Lá chegando, pediu abrigo e ajuda na casa de uma mulher conhecida por Fortunata
Jesuína de Melo, proprietária de um Cabaré. Chicuta, quando chegou em casa e
não encontrou Ana Rosa, como um louco saiu a procura da esposa e armou a
vingança. Foi atrás da fugitiva e, chegando à Botucatu, contratou José Antonio
da Silva Costa, o Costinha, e Hermenegildo Vieira do Prado, o Minigirdo, para
matarem Ana Rosa.[Quebra Suave]Costinha se fez passar por um bom homem e
ofereceu cobertura para Ana Rosa deixar o marido. Mal sabia ela que caminhava
para uma cilada mortal.
Quando Costinha chegou com Ana Rosa nas
proximidades do Rio Lavapés e ela viu seu marido, se deu conta da emboscada. A
moça pediu à todos os santos para que não a matassem e mesmo assim os
assassinos, sem piedade, consumaram o crime, esquartejando-a. Ana Rosa morreu
no dia 21 de junho de 1885, com vinte anos de idade. Era nascida no Município
de Avaré-SP.Os criminosos foram presos e condenados. Costinha após cumprir a
pena saiu e morreu esmagado quando cortava uma árvore. Minigirdo morreu na
prisão vítima da varíola. Chicuta, numa tarde de sexta-feira, ia voltando da
cidade para a fazenda quando, em dado momento, o carro parou e ele, nervoso,
batia nos bois, mas o carro não saía do lugar. Ao se deitar no chão para
verificar as rodas do carro, os bois seguiram e as rodas separaram a cabeça de
seu corpo.[Quebra Suave]A história de Ana Rosa é relatada na música “Ana Rosa”
de Carreirinho, e gravada em 1957 pela dupla “Tião Carreiro e Pardinho”
Enviado por Ramiro Vióla, de
Botucatu-SP ao BlogThis!
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