Diz que era um casal de
baianos com uma penca de filhos que resolveram tentar a sorte lá nas terras
paulistas. No ônibus apinhado de gente, a mulher que era uma mulata sestrosa,
foi dar o peito para o caçula de colo mamar. Mas o menino não pegava o peito de
jeito nenhum. Só chorava. O homem encafifado reclamou:
- Dá leite pra esse menino!
- Ele não quer pegar o peito
– respondeu a mulher.
Estavam nisso quando, do
fundo do ônibus, uns estudantes começaram uma brincadeira fazendo assim:
- MIAU... MIAU... MIAU...
O baiano não teve dúvida.
Pegou o facão e foi falando:
- XANIM... XANIM...
Passou.
Até que eles chegaram em São
Paulo. Em baixo de um viaduto a mulher quis fazer um café. Mas não tinha
coador. Mandou o marido comprar. O baiano juntou os trocados e foi numa
lojinha. Pediu um coador. Mas, o paulista que o atendeu quis brincar com ele.
Pegou um sutiã, embrulhou direitinho e deu para o baiano. O homem pegou o
pacote e foi entregar para a mulher. Quando ela abriu deu com aquilo:
- Mas, homem, isso não é
coador! É um sutiã!
O baiano voltou furioso a
lojinha e pediu para trocar. O paulista, ainda querendo brincar com o outro,
pegou uma luva, embrulhou direitinho e entregou para o baiano. Mas o outro
falou assim:
- Agora você não me engana
que eu vou abrir aqui!
E desembrulhou o pacote.
Vendo a luva o baiano ficou furioso:
- Paulista danado! Primeiro
você me dá um sutiã de mulher e agora me dá um sutiã de vaca!!!
Adaptação de Augusto Pessoa,
narrado por Zé Fineza em São Sebastião distrito de Vitória da Conquista (BA)
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