O vice-procurador-geral
eleitoral Nicolao Dino pediu nesta sexta-feira, 17, ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) a aplicação de multa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por propaganda eleitoral
antecipada na internet. No caso do ex-presidente, Dino mencionou em seu
despacho vídeo em que o petista pratica atividades físicas, encerrado com o
letreiro “Lula 2018”, em referência às eleições presidenciais de 2018.
O vice-procurador-geral
eleitoral ressaltou que o vídeo constituiu “peça publicitária” e já somou mais
de 20 mil visualizações, “o que revela o amplo alcance social e a possibilidade
de captação antecipada de votos, situação que acarreta desequilíbrio da
campanha eleitoral”.
“O representado tinha plena
ciência de toda a produção midiática, sendo dela o principal protagonista e
interessado em sua geração, e credenciando-se, assim, não apenas como beneficiário,
mas também como responsável (ou, pelo menos, corresponsável) pela propaganda
irregular”, observou Dino.
Dino também pede a aplicação
de multa no valor de R$ 5 mil a R$ 25 mil para Lula e Bolsonaro. No caso do
deputado federal, o vice-procurador-geral eleitoral citou três vídeos postados
no YouTube, intitulados "Vamos juntos!", "Este é o cara" e
“Recepção emocionante de Jair Bolsonaro no aeroporto em Minas Gerais”.
Em um deles, o locutor
defende "Apoiar o futuro presidente" e o próprio Bolsonaro afirma que
"2018 está muito longe, vamos para a rua a partir de agora".
“O conhecimento prévio do
primeiro representado ressalta claro, ao longo de todas as gravações. (...)
Evidencia-se, em todas as gravações, que alguém que o acompanhava filmou todo o
seu trajeto, deixando transparecer, pois, que o representado tinha plena
ciência de toda a produção midiática, sendo dela o principal protagonista e
interessado em sua geração, e credenciando-se, assim, não apenas como
beneficiário, mas também como responsável (ou, pelo menos corresponsável) pela
propaganda irregular”, ressaltou Dino.
Dino pediu a concessão de
liminar determinando que os vídeos em questão sejam removidos imediatamente do
YouTube, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Até a publicação deste
texto, a reportagem não havia obtido retorno de assessores de Lula nem do
gabinete de Bolsonaro.
Bastidores do Poder
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