O ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, negou tensões com o setor produtivo por causa da reversão
quase total da desoneração da folha de pagamento. Segundo ele, as entidades da
indústria não estão em oposição raivosa contra o governo por entenderem que a
medida não representa aumento generalizado de alíquota e só afeta alguns
setores da economia.
“Recebi esta semana os
autores de alguns dos anúncios [que criticam aumentos de tributos]. Ouvi deles
que não há preocupação em relação a essa medida especificamente. O que existia
era uma preocupação com o aumento generalizado de tributos como PIS/Cofins
[Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social], a Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, cobrada
sobre os combustíveis], o que não aconteceu”, declarou o ministro.
De acordo com o ministro,
tanto a reversão da desoneração da folha de pagamento para 52 setores como o fim
da isenção de Imposto sobre Operações Financeiras para cooperativas de crédito
foram bastante negociados com políticos da base aliada e empresários. “Foi um
cuidado que tivemos em anunciar hoje, não na semana passada. Não apenas fizemos
estudos jurídicos como dialogamos com parlamentares e setores empresariais”,
justificou.
Por Paulo Victor Chagas e
Wellton Máximo – Repórteres da Agência Brasil
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