Em carta divulgada por
interlocutores após ser avisado de sua condenação pelo juiz Sérgio Moro,
Eduardo Cunha afirmou que sua sentença é política, "visando a tentar
evitar a apreciação de meu habeas corpus no STF, para que ele possa me manter
como seu troféu em Curitiba". Escrita à mão pelo parlamentar, que está
detido no Complexo Médico Penal, em Pinhais, o documento afirma ainda que Moro
"quer se transformar em um justiceiro político, não tem qualquer condição
de julgar qualquer ação contra mim pela sua parcialidade e motivação
política".
O ex-parlamentar criticou
também a velocidade do juiz da Lava Jato para proferir a sentença, dois dias
depois de sua defesa apresentar as alegações finais, os últimos argumentos no
processo. "A decisão, além de absurda e sem qualquer prova válida, jamais
poderia ser dada 48 horas após as alegações finais". Cunha ainda chega a
afirmar que a sentença foi dada "antes dos demais réus terem sequer apresentado
as suas alegações finais na ação". Nesta ação penal, contudo, o
peemedebista é o único réu da ação.
Ele ainda reiterou que já
entrou com ação arguindo a suspeição de Moro "por vários motivos já
divulgados" e que agora tem o "agravante" com essa decisão,
"mostrando que a sentença já estava pronta", segue o ex-parlamentar.
"Essa decisão não se
manterá nos tribunais superiores, até porque contém nulidades
insuperáveis", afirma.
Com informações do Estadão
Conteúdo.
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