A Procuradoria-Geral da
República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que arquive o inquérito
contra os deputados federais Arthur Maia (PPS-BA), João Carlos Bacelar Batista
(PTN-BA) e Ronaldo Carletto (PP-BA). A manifestação chegou ao STF nesta
quinta-feira (9), dia em que foi instalada a comissão especial da Reforma da
Previdência, que tem Arthur Maia como relator.
O inquérito foi instaurado
no fim de 2014 para apurar a suposta prática de crimes contra a Administração
Pública, em razão de movimentação financeira supostamente incompatível com a
renda declarada pelos deputados federais quando eram membros da Assembleia
Legislativa do Estado da Bahia.
As informações faziam parte
de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Também
havia suspeita de lavagem de dinheiro, na suposta aquisição de apólices de
seguro de vida em valor superior a R$ 1 milhão pelos parlamentares.
O caso foi enviado à
Procuradoria-Geral da República depois da eleição de 2010. Após um ano e oito
meses sem movimentações no inquérito, a PGR entendeu que as movimentações não
eram atípicas e que, portanto, não se podia provar a tese de peculato.
"Ocorre que as suspeitas que deram azo à deflagração deste inquérito não
se confirmaram, o que desqualifica o teor das imputações alvitradas pelo
COAF", diz o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
"Como visto, as
movimentações financeiras realizadas pelos parlamentares tiveram origem em seus
rendimentos como membros do Poder Legislativo do Estado da Bahia, os quais
superaram, inclusive, os valores noticiados no RIF do COAF. Não há, assim,
nestes autos, indícios de prática de peculato por parte dos congressistas, uma
vez que as quantias foram pagas na forma estabelecida pela lei. Tendo em vista
que os valores foram depositados nas contas pessoais dos parlamentares, como
contraprestação pelos trabalhos desenvolvidos, não há, de igual modo, indícios
de tentativa de ocultação ou dissimulação da origem", justificou Janot.
Diário do Poder
Nenhum comentário:
Postar um comentário