O secretário estadual de
Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, tem defendido junto a amigos a tese
de que o governo deve entregar uma nova secretaria para o ex-presidente da
Assembleia Legislativa Marcelo Nilo (PSL). Seria uma espécie de retribuição
pela longa folha de serviços prestados aos governos do PT na Bahia por Nilo.
Mas a decisão ainda depende do governador Rui Costa (PT) e de entendimento
semelhante por parte da articulação política do governo.
Na Assembleia Legislativa,
se comenta que o governo deve demonstrar a sua verdadeira face a partir da
forma como passar a se relacionar com o ex-presidente da Casa, agora que ele
deixou o seu importante cargo. Se o mantiver empoderado ou, desde que ele
queira, lhe entregar alguma função importante no Parlamento, a mensagem para a
base será a de que os aliados fiéis são respeitados e considerados mesmo quando
perdem o poder.
Caso abandone ou deixe Nilo
isolado, no entanto, o governo estará dirigindo um péssimo sinal para os
deputados da base. Afinal, se tem alguém a quem as gestões petistas tanto de
Jaques Wagner quanto de Rui Costa devem parte de seu sucesso é ao ex-presidente
da Assembleia, que soube como ninguém construir a tranquilidade necessária a
que os oito anos do primeiro governador petista passassem sem qualquer
sobressalto ou dificuldades extras.
Nilo também repetiu o mesma
performance nestes dois anos do governo Rui Costa, contribuindo imensamente
para o clima de segurança em que havia transcorrido até agora o relacionamento
entre o governador e os deputados. Curiosamente, a tranquilidade só foi abalada
este mês, por ocasião da sucessão na presidência da Casa, na qual foi um dos
atores principais. A disputa entre candidatos de partidos aliados quase promove
um racha feio na base.
Política Livre
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