O ministro Marco Aurélio
Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), falou sobre a possibilidade de o
avião em que viajava Teori Zavascki ter sido sabotado, durante entrevista para
a Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (23).
"Descarto, de início,
qualquer ato de sabotagem visando atingir o ministro Teori e os demais
ocupantes da aeronave. Tudo indica que o acidente decorreu de mau tempo na
região, mas temos que esperar a investigação", concluiu.
Ele também falou sobre a
nomeação do novo relator do processo da Lava Jato no STF e afirmou que o nome
do novo ministro deve ser anunciado nos próximos dias.
"Deve ser rápido porque
procedimento penal não pode ficar suspenso sob pena de prejuízo. Sob pena de
(...) militar a favor de possíveis envolvidos, prejudicando-se aí os interesses
maiores da sociedade. Não podemos ficar com cadeira vazia. Pela ordem natural
das coisas, a redistribuição há de se fazer considerando os remanescentes da
Segunda Turma", disse.
Para Marco Aurélio, a
ministra Cármen Lúcia não deve homologar as delações da Odebrecht, como havia
sido cogitado nos bastidores e na imprensa. A previsão era de que Teori fizesse
as homologações em fevereiro.
"Pelo o que conheço, há
muitos anos, da atuação da ministra Cármen Lúcia, ela procederá não [com] a
homologação, mas sim a redistribuição [do processo]. Nós teremos, nas próximas
horas ou nos próximos dias, um novo relator [do processo da Lava Jato]",
disse Mello.
o magistrado ainda defendeu que
a relatoria fique com um dos ministros da Segunda Turma, da qual Teori Zavascki
fazia parte. Atualmente, compõem o colegiado os ministros Gilmar Mendes, Celso
de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Bastidores do Poder
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