Estimativas da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)
apontam que o comércio varejista brasileiro deverá deixar de ganhar R$ 10,5
bilhões em 2017 devido aos feriados nacionais e feriadões. O montante é 2%
superior ao projetado no ano passado.
“Após dois anos de forte
recessão econômica - com retrações de 3,8% em 2015 e de 3,5% em 2016 [estimada]
– o número excessivo de feriados e suas “pontes” [dias “enforcados”] deveria
ser revisto, a fim de contribuir no aumento da produtividade da economia”,
destacou a entidade em nota.
O setor de vestuário,
tecidos e calçados deverá deixar de ganhar cerca de R$ 1,1 bilhão com os
feriados e emendas de 2017, um crescimento de 23% em relação a 2016. No lado
oposto, o segmento de outras atividades – em que é preponderante o comércio de
combustíveis, além de joias e relógios, e artigos de papelaria – deixará de
ganhar cerca de R$ 3,9 bilhões, 8% a menos que em 2016, o único setor a não
apresentar crescimento das perdas.
Segundo a FecomercioSP, os
custos adicionais podem inviabilizar a opção de os estabelecimentos abrirem as
portas nos feriados. De acordo com a entidade, o comércio aumenta seus custos
em 100% para trabalhos em feriados. Segundo a entidade, “em nome da
modernização das relações trabalhistas, seria oportuno que essa questão fosse
debatida, pois o excesso de proteção por meio dessa elevação de custos acaba
prejudicando as empresas, que acabam optando por não abrir no feriado.
[Prejudica ainda] os empregados, que reduzem seus rendimentos ao deixar de
obter as comissões sobre as vendas”.
Com informações da Agência
Brasil.
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