O Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) vai investigar o vazamento de uma
tomografia feita pela ex-primeira-dama Marisa Letícia. As informações são da
coluna de Mônica Bérgamo, na Folha de S. Paulo.
"A apuração pode
apontar se a divulgação de dados clínicos teve a participação de médicos ou se
era do conhecimento da diretoria técnica ou clínica da instituição", lê-se
em um comunicado emitido pelo Cremesp. Segundo o que consta no Código de Ética
Médica, profissionais da área da saúde estão proibidos de liberar prontuários a
terceiros – isso inclui exames feitos pelos pacientes.
A instituição ainda lamenta
o ocorrido e diz que o procedimento para pacientes famosos é que as novidades a
respeito da saúde dos mesmos sejam divulgadas através de boletins médicos, que
são autorizados por um responsável ou pelo próprio doente.
Marisa Letícia está
internada desde terça-feira (24), quando sofreu um AVC (acidente vascular
cerebral). As imagens da tomografia foram divulgadas primeiro pelo jornalista
Claudio Tognolli. O profissional alegou que conseguiu ter acesso ao exame
através de uma fonte "militante do PT e muito ligada ao partido".
Através de uma nota, o
Hospital Sírio-Libanês, onde Marisa está internada, disse que "zela pela
privacidade de seus pacientes e repudia a quebra de sigilo médico por qualquer
profissional de saúde". Ainda de acordo com o texto da nota, o hospital se
defende dizendo que o jornalista "deixa claro que sua fonte não foi o
Hospital Sírio-Libanês ou qualquer um de seus profissionais. Ele também informa
que a imagem mostrada não é de um exame realizado dentro da nossa
instituição".
A ex-primeira dama foi
atendida no Hospital Assunção, em São Bernardo do Campo, antes de ir para o
Sírio-Libanês. A instituição afirma que, "tão logo tomou conhecimento do
evento, imediatamente instaurou sindicância interna para apuração dos fatos,
tendo suspendido e afastado os envolvidos na investigação até a sua
conclusão".
Bastidores do Poder
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