Ninguém confirma, mas Leur
Lomanto Jr (PMDB) é apontado como o único candidato provável para a liderança
da oposição em 2017. Seu nome surgiu desde dezembro, quando o então líder do
grupo, Sandro Régis (DEM), anunciou que não permaneceria na vaga (veja aqui).
Procurados, os deputados da oposição garantem que a decisão só deve sair a
partir da próxima semana, em datas mais próximas do fim do recesso parlamentar,
em fevereiro. Nem mesmo o próprio Leur coloca seu nome como definitivo.
“Faremos uma reunião em janeiro para definir. O mandato de Sandro só se encerra
em fevereiro”, desconversa.
O peemedebista confirma que
está “avaliando a possibilidade” de buscar uma vaga da Câmara dos Deputados em
2018, mas nega que a intenção de ocupar a liderança tenha qualquer ligação com
seus planos futuros. “Eu acredito que não interfere tanto. Talvez em questão de
visibilidade na imprensa, mas acho que nem isso. Uma coisa não tem nada a ver
com a outra”, garantiu. Questionado sobre o que o levou a colocar seu nome,
Leur repetiu o discurso de “buscar o consenso” com os colegas de bancada e
evitou tratar a liderança como algo confirmado.
“Não é uma tarefa das mais
fáceis. Se o líder do governo tem o que oferecer, a oposição tem mais o
trabalho de cobrar as promessas de campanha. A liderança da oposição não tem
nada a oferecer aos seus pares”, avaliou. “Meu nome foi citado por alguns
colegas, se eu toparia. Se não houver disputa, o que eu acho que não deve ter
[eu estou disposto]... [Mas] Se outro colega tiver interesse, não tem problema
nenhum”, completou. Leur fez questão de frisar o bom trabalho feito por Régis
no cargo e reiterou a busca pelo consenso entre os pares – que tem obtido uma
atuação uniforme da oposição nos últimos anos. “[O que gera essa unidade] É a
busca de um projeto em comum, de tirar a Bahia da situação que se encontra.
Outra questão que levou à unidade é a forma com que foi conduzida a liderança,
transparente, com cada parlamentar dando uma contribuição na área que atua. Por
isso ele foi tão elogiado. O trabalho foi muito bem feito”, concluiu.
Simultânea à discussão sobre
a liderança, a oposição ainda deve discutir o rumo que a bancada tomará na
eleição para a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O
presidente Marcelo Nilo (PSL) anunciou nesta segunda-feira (9) que obteve os 32
votos para garantir sua reeleição, mas a bancada oposicionista ainda é vista
como estratégica para que a balança penda definitivamente para um lado – o de
Nilo – ou para o outro – de Ângelo Coronel (PSD) e Luiz Augusto (PP).
Bahia Noticias
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