O executivo Claudio Melo
Filho, da Odebrecht, citou o presidente Michel Temer em 43 oportunidades em seu
documento de delação premiada na Operação Lava Jato. Representantes do núcleo
duro do partido também acabaram citados por diversas. O recordista é o senador
Romero Jucá, com 105 citações. Geddel Vieira Lima, ex-ministro que caiu após
suposta tentativa de burlar decisões de estado para que fosse construído um
prédio em Salvador, aparece em 67 oportunidades.
O ministro da Casa Civil,
Eliseu Padilha, foi citado 45 vezes, Moreira Franco, considerado um braço
direito do presidente, por 35. Caixa 2 milionárioCláudio Melo Filho disse ter
entregue dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral para a campanha de 2014 de
Michel Temer no escritório de advocacia de José Yunes, amigo e conselheiro
próximo do presidente, de acordo com o BuzzFeed. Segundo relato do executivo
Claudio Melo Filho a investigadores da Lava Jato, o dinheiro era parte dos R$
10 milhões acertados por Temer e Marcelo Odebrecht em um jantar em maio de
2014, junto com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O encontro foi
revelado em reportagem da Veja, em agosto. Segundo o delator, R$ 4 milhões
ficariam com Padilha, responsável pela distribuição do dinheiro entre outras
campanhas do partido. Os outros R$ 6 milhões seriam para a campanha de Paulo
Skaf, presidente da Fiesp e candidato do PMDB ao governo de São Paulo em
2014.Yunes foi tesoureiro do PMDB em São Paulo e, hoje, é assessor especial de
Temer no Palácio do Planalto.
O ex-diretor de Relações
Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho citou em delação recursos
repassados a peemedebistas, como o presidenteMichel Temer, o ministro da Casa
Civil, Eliseu Padilha, o secretário do Programa de Parcerias de Investimento,
Moreira Franco, o líder no Senado, Eunício Oliveira (CE), o presidente da Casa,
Renan Calheiros (AL), e o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (RR),
afirmou a TV Globo. Durante o Jornal Nacional desta sexta-feira, a emissora informou
que o ex-executivo da empreiteira disse que os recursos foram repassados em
troca de vantagens para a Odebrecht, como o atendimento a pleitos da companhia
no Congresso Nacional.A emissora citou que Melo Filho falou de repasses feitos
a pedido de Temer, o que já havia sido relatado mais cedo também pela revista
Veja.
O delator disse que a
demanda por recursos feita pelos peemedebistas aumentava em períodos eleitorais
e que os repasses eram feitos tanto por doações legais de campanha como por
doações via caixa dois.Segundo a TV Globo, o ex-diretor também citou em sua
delação políticos de outros partidos, entre eles o presidente da Câmara dos
Deputados,Rodrigo Maia(DEM-RJ).A emissora disse que o Palácio do Planalto
afirmou que os fatos narrados por Melo Filho jamais aconteceram e que todas as
doações da Odebrecht foram declaradas à Justiça Eleitoral.Todos os demais
citados negaram à emissora que tenham cometido irregularidades.
Em nota, a assessoria do
presidente afirmou que todas as doações feitas pela empreiteira foram
declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “O presidente Michel Temer
repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho”,
informa a nota. “As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram
todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem
entrega em dinheiro a pedido do presidente”
Noticias segundo a Folha de
S. Paulo
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