A bancada de oposição
criticou duramente o requerimento de urgência colocado em votação na sessão
desta terça-feira, 6, para o projeto que autoriza o Executivo a contratar
operação de crédito junto ao Banco do Brasil, até o montante de R$ 600 milhões.
" Essa é a prova cabal de que as comissões dessa Casa Legislativa são
nulas, disparou Sandro Régis (DEM), líder da oposição, observando mais uma vez
que a condução dos processos de votação na Alba não são coerentes com o que
exige a sociedade. " Colocar em caráter de urgência um projeto que
autoriza o governo a tomar empréstimo de R$ 600 milhões, sem discutir e sem
debater nas comissões para que se possa ao menos conhecer onde esses recursos
serão aplicados, é retirar do parlamentar a sua condição de legislar",
indignou-se Régis, advertindo que os deputados precisam começar a viver o mundo
fora da Casa. "O que ocorre hoje em Brasília pode ocorrer aqui
também", alertou, referindo-se às cobranças que a sociedade vem fazendo
nas ruas do país.
O tucano Adolfo Viana
desafiou os parlamentares da base governista a explicarem onde o empréstimo
seria aplicado. " Querem dá um cheque em branco ao governo, abrindo mão das prerrogativas do legislativo
de fiscalizar o Executivo e prestar contas à sociedade", disse Viana,
lembrando que o governo se aproveita da sua ampla base pra aprovar matérias sem
debates, comprometendo a reputação e fragilizando a Casa. O deputado Luciano
Ribeiro (DEM) lembrou que nada impede que os projetos bons sejam conhecidos e
debatidos, reforçando, inclusive, que o governo não deveria temer já que mantém
maioria em todas as comissões. Ele criticou a forma genérica como o governo argumentou
o pedido de empréstimo, sem detalhar onde os recursos serão aplicados.
"Essa Casa tem que contribuir para as políticas públicas, ter
responsabilidade com a população e ser oxigenada com os ares da
democracia", frisou.
Ascom Liderança da Oposição
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