Devem ser apresentados nesta
segunda-feira (28) os pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer,
que, segundo seu ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, tentou pressioná-lo a
cometer um ato de ilícito, para favorecer interesses pessoais do também
ex-ministro Geddel Vieira Lima. Ontem, em entrevista ao Fantástico, Calero
disse que Temer e seus ministros lhe propuseram uma "chicana"
jurídica para favorecer Geddel.
Um dos pedidos, com apoio de
movimentos sociais, como, CUT, MTST, UNE e Central dos Movimentos Populares,
deve ser apresentado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “Se Geddel saiu do
cargo sob a acusação de tráfico de influência e advocacia administrativa, Temer
também tem que sair. Os dois são alvos da mesma acusação”, disse Lindbergh em
entrevista ao portal Brasil247. “A entrevista que o presidente deu foi um tiro
no pé. Reforçou a gravidade das denúncias e a fragilidade do governo”, afirmou
o senador.
Temer disse na entrevista ter
"arbitrado conflitos", quando, na realidade, não havia conflito algum
– apenas a pressão ilegítima de um ministro que praticava um ato de corrupção
sobre um ministro honesto. “Queremos Diretas Já. Quem apoiou esse governo para
resolver as crises política e econômica quebrou a cara. A crise não acabou”,
disse Lindbergh.
Um outro pedido de
impeachment também deve ser apresentado pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP).
"Temer constrangeu e ameaçou um funcionário subordinado, o que prova que
estava arbitrando em favor de Geddel", disse ele.
Bastidores do Poder
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