O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva contou na coluna opinião da Folha de S. Paulo que há mais de 40
anos a sua vida é permanentemente vasculhada, "mas jamais encontraram um
ato desonesto".
O petista fez questão de
mencionar que não desistiu da luta por igualdade e justiça social, portanto,
segue os seus compromissos Brasil a fora com sindicatos, movimentos sociais e
partidos para debater este tema. E salienta as conquistas durante o seu governo,
que, acredita ele, não será esquecida pelo povo. Nunca fiz nada ilegal, nada
que pudesse manchar a minha história. Governei o Brasil com seriedade e
dedicação, porque sabia que um trabalhador não podia falhar na Presidência. As
falsas acusações que me lançaram não visavam exatamente a minha pessoa, mas o
projeto político que sempre representei: de um Brasil mais justo, com
oportunidades para todos, escreve Lula.
Lula também conta que a sua
vida pessoal, a da sua esposa e a do seu filho estão sendo viradas pelo avesso
"sem um motivo razoável". "Estão à procura de um crime, para me
acusar, mas não encontraram e nem vão encontrar", ressalto
"O Bolsa Família, o Luz
Para Todos, o Minha Casa, Minha Vida, o novo Pronaf (Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Programa de Aquisição de Alimentos,
a valorização dos salários -em conjunto, proporcionaram a maior ascensão social
de todos os tempos. Nossa gente não esquecerá dos milhões de jovens pobres e
negros que tiveram acesso ao ensino superior."
Sobre a Lava Jato, Lula
afirmou nunca ter se beneficiado de recursos da Petrobras. Ele lamentou o PT
estar sendo tachado como uma "organização criminosa", onde ele é o
chefe. E disse que se preocupa com a ignorância dos agentes da lei numa investigação
onde "não há fatos, mas convicções", citando o que disse o procurador
Roberson Henrique Pozzobom no seu julgamento.
Para ele, as acusações não
passam de uma disputada política. Meus acusadores sabem que não roubei, não fui
corrompido nem tentei obstruir a Justiça, mas não podem admitir. Não podem
recuar depois do massacre que promoveram na mídia."
Lula conclui dizendo que
"ninguém atuou tanto para criar mecanismos de transparência e controle de
verbas públicas, para fortalecer a Polícia Federal, a Receita e o Ministério
Público, para aprovar no Congresso leis mais eficazes contra a corrupção e o
crime organizado" quanto o PT.
Finaliza o texto dizendo que
teme pelas "contínuas violações ao Estado de Direito", mas confia na
Justiça, cedo ou tarde, nem que seja nos livros de história.
Poder & política
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