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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

À espera da prisão, Cunha já reunia material contra partidos



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O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) já estava na expectativa de ser preso. A tensão aumentou após ter seu mandato cassado pelos colegas da Câmara, em setembro.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o peemedebista aproveitou o isolamento político e dedicou todo o seu tempo a duas tarefas: sua defesa na Justiça e o livro que prepara sobre o impeachment de Dilma Rousseff e a crise política. O material é visto como uma espécie de "delação informal". Nela, Cunha será autor e protagonista. Vinha escrevendo "enlouquecidamente", segundo aliados.
Nesse tempo afastado da Câmara, Cunha também se dedicou a reunir material acerca da contabilidade de seu partido (PMDB) e de partidos como o PT, por exemplo.
O deputado cassado foi informado de que era alvo de um pedido de prisão pouco antes das 13h desta quarta (19). Disse aos advogados que iria se entregar. De terno azul e gravata, preparava-se para ir à sede da Polícia Federal em Brasília, mas não deu tempo. Os agentes já estavam na garagem de seu prédio quando decidiu sair.

No entanto, um dos advogados do peemedebista (PMDB-RJ), Ticiano Figueiredo, afirmou que Cunha não pretende fazer delação premiada.

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