O movimento sindical, o
conjunto dos trabalhadores, os donos de pequenos negócios – e até de empresas
maiores – e a sociedade brasileira, todos, menos os banqueiros e os grandes especuladores,
esperavam que o Comitê de Política Econômica (Copom), do Banco Central,
baixasse, em sua última reunião, nos dias 19 e 20 de julho, a taxa básica de
juros (Selic), hoje aportada em insuportáveis 14,25% ao ano, como forma de
reaquecer a economia e fomentar a produção e o consumo, gerando, assim, mais
emprego e renda. Ao manter, na referida reunião, os juros no elevado patamar em
que está, o Copom perdeu uma excelente oportunidade de impulsionar o País à
retomada de seu desenvolvimento e crescimento econômico, e o atual governo uma
chance de ouro de demonstrar a todos a que veio.
A Força Sindical sempre
questionou a postura do governo anterior na condução de sua equivocada política
econômica, e sua total ineficácia em alcançar os resultados positivos
esperados. Mas, apesar de toda nossa pressão, o governo, teimosamente, insistiu
no erro. E aí está o resultado: inflação, carestia, falta de investimentos,
empresas fechando suas portas e uma taxa de desemprego assustadora.
Acreditamos que os juros, a
partir da próxima reunião do Copom, nos dias 30 e 31 deste mês, comecem a ser
reduzidos. Mas acreditamos, também, que só uma redução drástica poderá trazer
benefícios econômicos ao País no curto e médio prazos. Reduzir os juros em
conta-gotas vai atrasar em demasia nossa retomada econômica e a geração de
postos de trabalho.
Acreditamos, ainda,
firmemente, que apenas a execução de uma política econômica eficaz, intensos
investimentos no setor produtivo, a viabilização de um projeto efetivo de
desenvolvimento para o País, e, claro, juros em níveis bem mais baixos, podem
fazer com que o Brasil retome o caminho do crescimento econômico e social.
A mensagem dos trabalhadores
e do movimento sindical está dada. E nossa pressão vai continuar. Resta ao
governo, agora, decidir qual o País que ele vai querer governar.
Paulo Pereira da Silva –
Paulinho Presidente da Força Sindical e deputado federal
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