Uma supressão de prazos
garantida pela acusação à presidente afastada Dilma Rousseff, pode antecipar o
início do julgamento final do processo de impeachment no Senado para o dia 23
de agosto. A data atende aos anseios do presidente interino, Michel Temer, que
deseja ver o caso concluído o mais rápido possível. Os advogados que integram a
equipe de um dos autores do pedido de impeachment confirmaram que entregarão o
libelo acusatório, documento em que é feito um resumo do processo e a indicação
dos crimes cometidos, no início da tarde de ontem, quarta (10). Assim, a
acusação abre mão do prazo de 48h que teria para entregar o documento e
antecipa o início do prazo que a defesa tem, também de 48h, para entregar suas
alegações finais. O advogado de Dilma, o ex-ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, deverá ter que protocolar o texto na tarde de amanhã, sexta (12). Com
isso, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski,
responsável por conduzir o processo nesta fase, poderá marcar o dia do início
do julgamento final após dez dias a partir de sexta, seguindo as regras do
processo. A expectativa é de que esta fase dure cerca de cinco dias.
Lewandowski já avisou que não irá marcar sessões para o fim de semana. A
preocupação de Temer é garantir que seja efetivado no cargo antes de embarcar
para a China, onde participará da reunião de cúpula presidencial do G20, em 4 e
5 de setembro. Senadores da oposição, no entanto, acusam o peemedebista de ter
pressa devido à possibilidade de que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) feche um acordo de delação premiada e acabe implodindo o seu governo.
Fonte: Correio
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