A Operação Nota Zero, ação
da Polícia Federal que investiga desvio de verbas e crimes contra a
administração pública por parte de servidores da prefeitura de Itamari, no sul
baiano, teve uma nova fase deflagrada nesta terça-feira (5).
Nesta etapa, são cumpridos
15 mandados de condução coercitiva, um mandado de busca e apreensão e quatro
mandados de medidas cautelares diversas da prisão nas cidades de Jequié e Itamari.
Dentre as medidas estão o
afastamento das funções públicas e proibição de acessar repartições públicas
municipais do prefeito de Itamari, Valter Andrade Júnior, da primeira dama, da
secretária de Educação e do procurador do município. Além disso, diversos
servidores públicos da área de educação estão sendo conduzidos para prestar
esclarecimentos sobre as inconsistências detectadas.
Um inquérito policial foi
instaurado para apurar irregularidades identificadas na aplicação de recursos
oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Segundo as investigações,
no ano de 2013, o Ministério da Educação (MEC) fez repasses de R$ 4.217.603,07
ao município, dinheiro que deveria custear as atividades da rede escolar
municipal. Porém, verificou-se que não houve o cumprimento dos dias letivos
mínimos estabelecidos pelo MEC e os documentos foram forjados para comprovar,
falsamente, a execução de toda a carga horária.
Na primeira etapa da operação,
a Polícia Federal apreendeu provas e documentos que comprovam as práticas
ilícitas, o que motivou as novas medidas para o Tribunal Regional Federal da 1ª
Região, em Brasília.
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