A nota publicada na
coluna Painel, da Folha de S. Paulo, insinuando que o senador Otto Alencar
(PSD) está se aproximando do presidente interino Michel Temer (PMDB), tem
apenas um propósito: constrangê-lo.
Otto nega o movimento
pró-Temer, mas nem precisava. O senador não só votou contra a admissibilidade
do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) como fez campanha
contra a medida no Senado e na Câmara dos Deputados.
Deve ter pago um alto preço
pela decisão, inclusive, porque o PSD votou pelo Fora, Dilma! Antes de o
processo ser iniciado, o baiano, entretanto, foi dos primeiros a anunciar que,
se a votação chegasse ao Senado, Dilma estaria perdida.
Sua avaliação foi levada
pessoalmente ao ex-presidente Lula, que consentiu com ela. Otto estava
certíssimo. Agora, que está mais do que claro que Dilma não distingue um
pássaro de uma nuvem, ou de um hipopótamo, não faz sentido cobrar de Otto um
novo voto pelo seu retorno.
Excluindo-se a gestão da
economia, o governo Temer pode se configurar como uma lástima. Mas Dilma não
tem condições de reassumir o país, que deixou em estado periclitante. Não
poderia sequer ter se tornado presidente. Até Lula se arrepende, no que está
coberto de razão, de tê-la feito sua sucessora. Imagine o país!
Hoje, há no Brasil pelo
menos um ministro da Economia. Portanto, não há porque exigir de Otto um
segundo voto no desacerto e na destruição da Nação. O PT da Bahia há de
compreender. Quem não pode tolerar a dissonância são seus eleitores e o PSD.
Política Livre
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