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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Otto não pode ser constrangido a apoiar Dilma




A nota publicada na coluna Painel, da Folha de S. Paulo, insinuando que o senador Otto Alencar (PSD) está se aproximando do presidente interino Michel Temer (PMDB), tem apenas um propósito: constrangê-lo.
Otto nega o movimento pró-Temer, mas nem precisava. O senador não só votou contra a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) como fez campanha contra a medida no Senado e na Câmara dos Deputados.
Deve ter pago um alto preço pela decisão, inclusive, porque o PSD votou pelo Fora, Dilma! Antes de o processo ser iniciado, o baiano, entretanto, foi dos primeiros a anunciar que, se a votação chegasse ao Senado, Dilma estaria perdida.
Sua avaliação foi levada pessoalmente ao ex-presidente Lula, que consentiu com ela. Otto estava certíssimo. Agora, que está mais do que claro que Dilma não distingue um pássaro de uma nuvem, ou de um hipopótamo, não faz sentido cobrar de Otto um novo voto pelo seu retorno.
Excluindo-se a gestão da economia, o governo Temer pode se configurar como uma lástima. Mas Dilma não tem condições de reassumir o país, que deixou em estado periclitante. Não poderia sequer ter se tornado presidente. Até Lula se arrepende, no que está coberto de razão, de tê-la feito sua sucessora. Imagine o país!
Hoje, há no Brasil pelo menos um ministro da Economia. Portanto, não há porque exigir de Otto um segundo voto no desacerto e na destruição da Nação. O PT da Bahia há de compreender. Quem não pode tolerar a dissonância são seus eleitores e o PSD.


Política Livre

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