O presidente da República em
exercício, Michel Temer, assinou nesta quarta-feira (29), o decreto que
reajusta em 12,5% os repasses do programa Bolsa Família, conforme havia sido
antecipado pela coluna Radar On-line. Numa clara resposta às críticas de que o
governo interino cortaria os benefícios sociais, o ministro do Desenvolvimento
Social, Osmar Terra, enfatizou que o aumento concedido por Temer é maior do que
o prometido pela presidente afastada Dilma Rousseff, de 9%, em maio.
“Esse programa não era reajustado
há dois anos. Portanto, com a inflação que ocorreu nesse período, o poder de
compra caiu. É possível que muitas dessas pessoas estejam abaixo da linha da
pobreza. E o governo anterior que não fez essa correção prometeu um aumento de
9%, mas não concretizou”, disse o ministro, em coletiva de imprensa. Segundo
ele, as 14 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família já passarão a
receber os valores reajustados em 17 de julho. Temer disse ainda que o Bolsa
Família deve ser visto como um “programa de emancipação”, que se torne
“desnecessário” no futuro.
“Não pode ser um sonho viver
do Bolsa Família”, afirmou. O presidente interino também aproveitou a ocasião
para dizer que o primeiro direito social é o acesso ao emprego e que sua equipe
ministerial está empenhada, “trabalhando até as duas da manhã”, para tirar o
país da crise. A fala ocorre no mesmo dia em que o IBGE informou que há mais de
11 milhões de pessoas desempregadas no país, o maior contingente desde o início
da pesquisa.
Fonte: Veja
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