Por 32 votos a 9 e uma
abstenção, foi aprovado na Câmara de Salvador, na sessão ordinária desta
terça-feira (14), o Plano Municipal de Educação (PME), após intenso debate em
plenário e reação contrária de professores e estudantes nas galerias, que
pediam a suspensão do processo. O projeto do Executivo recebeu 16 emendas
acatadas pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, vereador Leo
Prates (DEM).
A bancada da oposição votou
contra o PME argumentando que faltou discussão com a sociedade, principalmente
professores, estudantes e servidores. “Apenas uma audiência pública foi
realizada, e mesmo assim porque conseguimos impedir a votação do projeto na
semana passada, depois de ter passado 70 dias na CCJ”, protestou o presidente
da Comissão de Educação, vereador Sílvio Humberto (PSB), que relatou contra a
aprovação também pelo fato de ter sido excluído o capítulo sobre as questões de
gênero. “A educação é a arma mais poderosa do mundo”, disse ele repetindo o
líder Nelson Mandela.
Votaram contra o projeto os
vereadores Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada da oposição; os petistas
Waldir Pires, Vânia Galvão, Gilmar Santiago e Arnando Lessa; Sílvio Humberto
(PSB), Hilton Coelho (PSOL), Everaldo Augusto (PCdoB) e Toinho Carolino (PTN).
O vereador Edvaldo Brito (PSB) se absteve de votar.
Antes da votação, houve
manifestação de professores e de grupos de movimentos sociais na porta da
Câmara. Com megafones, eles criticaram a falta de discussão das emendas com a
população e tentaram impedir a votação. Alguns integrantes das categorias
acompanharam o pleito, que também foi marcado por confusão entre estudantes e
policiais militares que faziam a segurança do local. Um aluno ficou ferido.
Toda Bahia
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