A presidente afastada Dilma
Rousseff teria conversado pessoalmente com Marcelo Odebrecht para discutir o
pagamento de R$ 12 milhões em propina para sua campanha de reeleição. As
informações foram publicadas em reportagem da revista Istoé desta sexta-feira (3)
com base na delação premiada do empreiteiro. A matéria indica que eles se
encontraram entre o primeiro e o segundo turno das eleições. Odebrecht
perguntou se ele deveria mesmo "efetuar o pagamento exigido pelo Edinho
[Silva, marqueteiro da campanha]".
Segundo a Istoé, Dilma
respondeu: "É para pagar". O valor foi cobrado do empreiteiro por
Edinho Silva, que foi ministro da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência na gestão de Dilma. Inicialmente ele se recusou a fazer o repasse e
decidiu procurar a presidente para conversar. Os R$ 12 milhões seriam divididos
entre o marqueteiro baiano João Santana e o PMDB. Esta conversa é a primeira
que indica envolvimento direto da presidente afastada no pagamento de caixa
dois para campanha.
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