O alerta do Planserv
referente ao Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, 26 de maio, aos servidores
públicos do Estado é sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento
adequado da doença. Causado pela lesão do nervo óptico e relacionado à pressão
ocular alta, o glaucoma pode causar cegueira irreversível e por isso requer
cuidados especiais. Pessoas que têm parentes de primeiro e segundo graus
portadores da doença têm mais chances de ter glaucoma. “A incidência em idosos,
mulheres e afrodescendentes, de modo geral, é maior”, alerta o oftalmologista
Walter Carvalho Filho, credenciado ao Planserv. O glaucoma raramente apresenta
sintomas. Por isso, é preciso realizar periodicamente a fundoscopia, exame do
fundo do olho, e a tonometria, medida da pressão intra-ocular, utilizados para
diagnosticar a doença. Os sinais só aparecem nos glaucomas agudos, quando o
paciente apresenta dores de cabeça, fotofobia (sensibilidade à luz), enjôo, dor
ou irritação nos olhos, visão turva, lacrimejamento e flashes visuais
momentâneos.
Se o oftalmologista
suspeitar da doença a partir dos exames iniciais, poderá confirmá-la através de
exames complementares, tais como campimetria (campo visual), gonioscopia (exame
realizado com lente específica), paquimetria (medida da espessura da córnea),
retinografia (fotografia do fundo do olho) e tomografia de papila (OCT). “Em
alguns poucos casos, podem ser necessários a tomografia ou a ressonância
nuclear magnética do crânio e angiografia contrastada das carótidas”, destaca
Walter Filho, que é especialista em catarata e doenças da córnea. Segundo o
médico, a incidência em pessoas com alguns tipos de cataratas e após certos
traumas oculares também é maior. As
principais causas do glaucoma são as genéticas, caso do glaucoma crônico
simples (inespecífico); mas a patologia também pode se originar de alterações
anatômicas do olho (glaucoma de ângulo estreito). Há, ainda, as causas
secundárias, tais como diabetes, hipertensão arterial, hemorragias
vítreo-retinianas (trombose da veia central da retina e de ramo temporal
superior da retina), inflamações intra-oculares, alterações do cristalino,
doenças da retina (descolamentos da retina e após tratamento cirúrgico de
descolamento de retina), uso crônico de colírios à base de corticosteroides,
hemofilia, anemias falciformes e anomalias congênitas. “Infelizmente, não é
possível prevenir o glaucoma primário de causa genética, mas o de causas
secundárias, sim, através da adoção de hábitos de vida saudáveis”, alerta
Walter Filho.
O tratamento do glaucoma é
realizado inicialmente com o uso crônico de colírios chamados de
anti-glaucomatosos. Quando não se obtém resultado na terapêutica com os
colírios e o paciente apresenta piora da campimetria, parte-se para o
tratamento cirúrgico. O objetivo da cirurgia é o controle da pressão ocular
para evitar a progressão da lesão do glaucoma, mas a visão já afetada não
melhora. “Se seguir as orientações de seu oftalmologista, o paciente com
glaucoma pode ter uma boa saúde ocular e viver por muitos anos com uma visão
satisfatória”, conclui o médico.
Ascom | Planserv
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