Preocupados com a
criminalidade que alarma a população baiana e com a lentidão do governador Rui
Costa em nomear os 800 policiais civis aprovados em concursos desde 2013 e que
poderiam estar atuando no combate à violência, a bancada de oposição na Assembleia
Legislativa reuniu-se nessa quarta-feira, 04, com o procurador geral do Estado,
Paulo Moreno Carvalho, em busca de soluções imediatas para a contratação dos
policiais, assim como dos 490 agentes penitenciários aprovados no concurso de
2014 e que deveriam ter sido nomeados desde abril de 2015. A audiência com o
Procurador e sua equipe técnica foi realizada na sede da PGE e contou com a
participação do líder da bancada, Sandro Régis (DEM), dos deputados Adolfo
Viana (PSDB), Leur Lomanto (PMDB), Sidelvan Nóbrega (PRB), Luciano Ribeiro
(DEM), José de Arimatéia (PRB), Tom Araújo (DEM), Pablo Barrozo (DEM) e Herzem
Gusmão (PMDB).
Dispostos a cobrar medidas
urgentes e checar de perto as alegações do governo de que ainda não contratou
os agentes por receio de atingir o limite fiscal, a bancada de oposição também
se reuniu no final de abril com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) quando
constatou que o governo sequer havia feito consulta ao órgão sobre a questão.
" O governador Rui Costa não tem mostrado o empenho necessário para
resolver essa questão, apesar de a Bahia figurar entre os estados mais
violentos do país", frisou o tucano Adolfo Viana, lembrando que a situação
fica mais dramática ao se observar que os quadros de policiais que se aposentam
ou morrem não estão sendo substituídos, gerando um vácuo perigoso na segurança
que pode descambar para o descontrole total da violência. O deputado Leur
Lomanto fez um apelo ao procurador Paulo Moreno, para que se una à força-tarefa
que vem sendo mobilizada pela oposição, com o objetivo de reforçar a segurança
pública da Bahia que cada vez mais dá mostras de fragilidade e assusta a
população em todo o Estado. O procurador mostrou-se sensível à solicitação dos
deputados e comprometeu-se a entrar em contato com o TCE, ainda esta semana, a
fim de buscar medidas que vençam os entraves e acelerem a nomeação dos
concursados.
Durante o encontro, os
parlamentares foram informados que já existe um parecer da PGE - para o caso
dos agentes penitenciários -, sugerindo que os concursados sejam nomeados,
substituindo os contratos firmados pelo regime REDA. O parecer baseou-se na
decisão do Tribunal de Justiça da Bahia determinando que o governo se abstenha
de prorrogar ou fazer novos contratos através desse regime. O democrata Pablo Barrozo
criticou o que chamou de "terceirização de responsabilidade",
frisando que o governo, a pretexto de consulta sobre limite prudencial, empurra
para o TCE e para a PGE a decisão das contratações. "O governador deveria
enxugar seus cargos de confiança e abrir limite para a nomeação dos concursados
que darão suporte a uma área crucial que é a da segurança", reforçou,
observando que a própria Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe sobre tratamento
diferenciado para áreas essenciais como saúde, educação e segurança.
Ascom Liderança da Oposição
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