A Força Sindical repudia
qualquer tentativa de se fazer uma reforma da Previdência que venha a retirar
direitos dos trabalhadores. As afirmações do ministro da economia, Henrique
Meirelles, divulgadas hoje em veículos de comunicação, revelando a intenção de
implantar a idade mínima para as aposentadorias, são inoportunas.
A estapafúrdia ideia
defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais
cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros.
Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que
só resultaram em prejuízos para os trabalhadores.
A implantação da regra 85/95
progressivamente, implantada por Dilma, vai dificultando cada vez mais a
aposentadoria. É bom lembrar que o governo Dilma já chegou ao absurdo de
colocar lei para praticamente impedir a aposentadoria. Isto porque começou a
ser aplicada a fórmula 90/100 para mulheres e homens, com a soma da idade e do
tempo de contribuição. Esta fórmula torna praticamente impossível a
aposentadoria para as pessoas com idade inferior a 65 anos.
Entendemos que qualquer
mudança na Previdência deva ser amplamente discutida com a sociedade, e com os
representantes dos trabalhadores, de forma democrática e transparente.
Reafirmamos que não aceitaremos, em hipótese alguma, uma reforma feita na
calada da noite, com o intuito de mexer nos direitos adquiridos.
A Previdência Social é um
patrimônio do trabalhador e do cidadão brasileiro. Qualquer alteração tem como
princípio que os aposentados recebam benefícios com valores suficientes para
ter uma vida digna. Vamos resistir a mais este ataque a direitos e conquistas
que, a duras penas, foram acumulados ao longo da história de lutas da classe
trabalhadora brasileira.
Acreditamos que o atual
presidente, Michel Temer, seguirá os caminhos acordados com os trabalhadores e
com as Centrais Sindicais nas reuniões realizadas recentemente, de manutenção
de direitos e de articulação pelo crescimento do País e pela geração de
empregos.
Não podemos deixar de
destacar que valorizar as aposentadorias é uma forma sensata e justa de
distribuição de renda.
Paulo Pereira da Silva
(Paulinho da Força)
Presidente da Força Sindical
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