A presidente Dilma Rousseff
comentou sobre o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), em decisão liminar feita pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Teori Zavascki, nesta quinta-feira (5).
"A única coisa que eu
lamento, mas eu falo 'antes tarde do que nunca', é que (…) ele tenha presidido,
na cara de pau, o lamentável processo na Câmara [de votação do impeachment, no
dia 17 de abril]", afirmou a chefe de Estado. Segundo informações do UOL,
a presidente afirmou que foi informada da decisão antes de sair de Brasília e
descreveu a justificativa de Zavascki para a plateia, durante a cerimônia de
início da operação comercial da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do
Xingu (PA).
"Ele estava usando de
seu cargo para fazer pressões, chantagens, etc", afirmou.
Ela também relembrou o
início do processo de impeachment, em dezembro do ano passado.
"... foi uma chantagem
do senhor Eduardo Cunha, que pediu ao governo votos para impedir o seu próprio
julgamento no Conselho de Ética na Câmara. Nós não demos esses votos e ele deu
início ao processo. É um claro desvio de poder", declarou.
De acordo com a publicação,
Dilma voltou a dizer que o processo de afastamento contra ela é golpista.
"O processo do meu
afastamento, de impeachment, é golpista (...) Temos de afirmar em alto e bom
som: a democracia é o lado certo da história. Não haverá perdão da história
para os golpistas", acrescentou a presidente.
Após a cerimônia, Dilma vai
para Santarém, onde realiza entrega de 3.081 unidades habitacionais do programa
Minha Casa Minha Vida. A cerimônia contará com entregas simultâneas de casas:
1.230 em Uberaba (MG), 1.200 em Camaçari (BA), 600 em Campos dos Goytacazes (RJ)
e 486 em Itapipoca (CE). No fim do evento, Dilma retorna a Brasília.
Giro pelo País
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