Com o anúncio, na última 5ª
feira (28), durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico, o
Conselhão, do lançamento de um novo “pacote” para reativar a economia
brasileira, o governo tenta passar a imagem de que está se esforçando para
conter a dura crise que o País enfrenta, com a insolvência de empresas e uma
taxa de desemprego assustadora. Mas não está conseguindo!
Pela proposta apresentada,
até 10% do saldo total do FGTS, mais os 40% da multa, poderão ser utilizados
como garantia de pagamento aos empréstimos consignados. Isto é péssimo para o
trabalhador que recorrer a este tipo de financiamento, principalmente nos
momentos mais difíceis, como no caso de sua demissão sem justa causa. Serão R$
17 bi de recursos originários do FGTS para que os R$ 83 bi que o governo
pretende injetar na economia sejam completados. Algo como penhorar o FGTS para
garantir quitação da dívida.
Afinal, como estimular a
economia, por meio do crédito, num cenário de indefinições econômicas, com os
juros nas alturas, inflação agressiva e queda da renda? Quem sairá ganhando com
o pacote, como sempre, serão os banqueiros que concederem os empréstimos, pois
estarão protegidos contra a inadimplência, enquanto o trabalhador, desempregado
e cada vez mais endividado, não terá sequer como manter seus compromissos e o
sustento dos seus até conseguir outro trabalho.
Conceder mais crédito não
basta para alavancar a economia. Não com os juros exorbitantes praticados hoje
no Brasil, atualmente de 14,25% a. a. Nem apelar pela aprovação do retorno da
polêmica CPMF e pela reforma previdenciária.
A Força Sindical vai
pressionar o Congresso Nacional, que deverá votar a proposta antes que ela seja
regulamentada, para que mais esta armadilha não seja utilizada contra os
trabalhadores. E vai intensificar a luta contra outras arbitrariedades que o
governo vem impingindo sobre a classe trabalhadora, como nas questões do novo
imposto e da reestruturação unilateral da Previdência, por juros menores e pela
correção da tabela do IR, entre outras demandas.
Paulo Pereira da Silva,
Paulinho
Presidente da Força Sindical
e deputado federal
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