Os deputados de oposição na
Assembléia Legislativa que passaram o ano de 2015 denunciando em seus
pronunciamentos o caos instalado na saúde da Bahia, mostraram-se ainda mais
perplexos com as declarações e as graves denúncias feitas nesta sexta-feira, 8, pelo ex-secretário de Saúde do Estado,
deputado federal Jorge Solla, durante entrevista ao radialista Uziel Bueno. O
líder da bancada de Oposição, deputado Sandro Régis (DEM), disse que diante do
trágico quadro traçado pelo ex- secretário, tudo indica que o governador Rui
Costa que recentemente admitiu falhas na gestão Jaques Wagner, continua sem
corrigir os erros detectados e perpetuando o mesmo modelo de governo que retira
da população direitos e serviços. Régis lembrou que as gravíssimas denúncias de
fechamento de 63 leitos de obstetrícia e 29 UTIs neonatal em Salvador, de
outubro pra cá, além do fechamento de 28 farmácias populares, do
desabastecimento dos 13 laboratórios do estado e da falência da Fundação
Estadual Saúde da Família com a demissão de mais de mil profissionais de
enfermagem, não foram feitas por um deputado de oposição, mas por um petista
que comandou a pasta de Saúde durante o governo Jaques Wagner.
"Estamos diante de uma
tragédia anunciada, inclusive por nós da oposição, que sempre combatemos a
ineficiência, os baixos investimentos e os cortes absurdos no setor de
saúde", indignou-se o democrata, observando que logo no início da gestão de Rui Costa,
posicionou-se ostensivamente contra o corte de 25% nas despesas de custeios de
52 unidades geridas pela Sesab. "Como disse o ex-secretário Solla, a
Vigilância de Saúde da Bahia está no chão", frisou.
O presidente da Comissão de
Saúde na Alba, deputado Alan Sanches, também da oposição, criticou que
justamente num momento dramático como o atual, com epidemias como a dengue, a
zica e a chikungunya, o governo
desasiste a população reduzindo serviços e atingindo em cheio programas que
atendiam milhares de baianos, sobretudo os mais carentes", Segundo ele, a
denúncia do ex-secretário Jorge Solla de que pacientes graves estão sem receber
medicamentos de alto custo e que os
hospitais sob gestão direta da Sesab receberam apenas 60% do que
deveriam receber para a compra de medicamentos e materiais é gravíssima e merece
providências urgentes do Ministério Público.
Ascom Liderança da Oposição
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