O senador quer mobilizar outros
parlamentares também contrários às propostas do governo e organizar
manifestações públicas para forçar o Congresso a rejeitar as medidas. “Na
verdade, trata-se da retirada de conquistas da nossa gente, o que é
inaceitável”, protesta Paim. O senador está assustado com a voracidade do
governo de cortar benefícios aprovados na Assembleia Constituinte e diz que a
ousadia da atual proposta de reforma trabalhista da gestão petista “nem a
ditadura e os liberais do passado o fizeram”.
Mesmo em recesso, Paim se
considera em estado de alerta. A desvinculação do reajuste das aposentadorias
do crescimento do valor do salário mínimo e os cortes nos direitos trabalhistas
estão em debate na área econômica do governo desde o primeiro semestre de 2015.
A resistência das centrais e de parte do Congresso levou o governo a adiar o
anuncio do pacote. A nota de Paim resume o que pensam as centrais de
trabalhadores, inclusive a CUT, ligada ao PT e ao governo.
Veja a íntegra da nota de
Paulo Paim:
“É preciso resistir”:
As centrais sindicais,
confederações, federações, sindicatos de base, associações de classe e
congressistas comprometidos com os trabalhadores, aposentados e pensionistas
demonstraram publicamente a indignação com o anúncio de um pacote do governo
federal de reformas trabalhista e previdenciária.
Na verdade, trata-se da
retirada de conquistas da nossa gente, o que é inaceitável. Propor a idade
mínima de 65 anos para efeito de aposentadoria para homens e mulheres,
desvincular o salário mínimo dos benefícios previdenciários, querer aprovar
projetos como o da “terceirização”, que não respeita a atividade-fim, e ainda o
famigerado “negociado sobre o legislado”, que permite que a negociação
prevaleça, desrespeitando a lei, nem a ditadura e os liberais do passado o fizeram.
Na primeira semana de
fevereiro, com o fim do recesso, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) chamará
uma audiência pública para que a sociedade civil se mobilize contra esta
barbárie.”
Congresso em Foco
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