A presidente da União dos
Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria, convocou os 390 prefeitos associados
à entidade para uma assembleia geral extraordinária HOJE, quarta-feira (13). A
razão é simples e dramática: a falência econômica das cidades que dependem de
repasses federais para manter as contas em dia. De acordo com Quitéria, os
convênios com o governo federal, entre os quais o Programa da Saúde da Família
(PSF), oneram significantemente as contas das prefeituras colocando os gestores
em uma condição de vulnerabilidade em relação à prestação de contas.
“Estamos no limite. Já
tentamos diversas medidas para pressionar o governo federal e o fato é que se
não houver mais repasses não há condições de manter os convênios. O Mais
Médico, por exemplo, ajudou a manter a assistência médica na cidade, mas o
custo continua acima do que os prefeitos conseguem pagar”.
Em setembro do ano passado,
durante o encontro dos prefeitos baianos, alguns gestores defenderam a
paralisação de atividades, uma espécie de greve administrativa, onde serviços
deixariam de ser prestados à população. A ideia não foi levada adiante,
contudo, pode voltar a ser considerada diante da falta de soluções. Para se ter
uma ideia de como o cenário não é bom, 39 prefeitos dos 156 associados que poderiam
concorrer à reeleição, já disseram que não colocarão o nome na disputa.
Quitéria pretende, durante a assembleia, definir uma agenda de mobilizações e
selecionar as principais pautas de 2016.
Fonte: Bocão
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