Incomodados com os primeiros
movimentos do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, movimentos populares,
partidos políticos e entidades sindicais que foram às ruas em defesa do mandato
da presidente Dilma Rousseff decidiram colocar a reforma da Previdência
proposta pelo governo no alvo das próximas manifestações. Em reunião realizada
segunda-feira, em São Paulo, os grupos que integram a Frente Brasil Popular
decidiram fazer um grande ato contra o impeachment de Dilma na segunda quinzena
de março e incluir o descontentamento em relação à reforma da Previdência na
pauta de reivindicações que terá ainda a rejeição ao afastamento da presidente
e ao ajuste fiscal e a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A proposta de reforma da
Previdência que aumenta a idade mínima para aposentadoria foi alvo de críticas
duras, principalmente por parte da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Segundo relatos, o líder sem-terra
João Pedro Stédile teria dito que a proposta “é o limite” do apoio do movimento
à presidente. Para Stédile, o aumento da idade para aposentadoria teria efeitos
especialmente negativos nas zonas rurais. Ele não foi encontrado ontem. Já a
CUT tem manifestado publicamente a contrariedade em relação à reforma desde o
início do ano. “Depois da saída do (Joaquim) Levy todo mundo esperava uma
guinada que reconectasse o governo com as bases que o elegeram em 2014.
Mas o governo colocou um
óbice”, disse Julio Turra, diretor executivo da CUT.
Com informações do Estadão
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