A educação é um instrumento
da sociedade que permite aos indivíduos o acesso ao crescimento e a formação
civil na sociedade. A Educação Básica no Brasil é constituída em três etapas: a
primeira é a educação infantil, depois o ensino fundamental e terminando com o
ensino médio. Segundo o Censo da Educação Básica de 2012 cerca de 50 milhões de
alunos estão matriculados na educação básica. Segundo a lei o acesso à educação
é um direito social garantido na constituição federal de 1988 do artigo 6º, e é
dever do Estado ofertar vagas, garantir qualidade, o acesso, a permanência e a
conclusão do aluno em todas as etapas da escolaridade básica. Segundo a
Secretaria de Educação de São Paulo existem mais de 3,8 milhões de alunos
matriculados na rede estadual de ensino do Estado, e a ultima noticia divulgada
pela secretaria de educação tem causado grandes revoltas com os estudantes de
algumas regiões de São Paulo. O Governo de Geraldo Alckmin (PSDB) comunicou que
a rede de ensino paulista passará por uma reorganização escolar em 2016. O
projeto tem objetivo de focar na qualidade de ensino separando os alunos por
sua faixa etária escolar, ou seja, especificando as escolas com um único tipo
de nível educacional/única faixa etária. A Fundação Seade (Sistema Educacional
de Análise de dados) afirma que entre os anos de 1998 e 2015 a rede estadual
perdeu 2 milhões de alunos. O IDESP de 2014 aponta que as escolas com segmento
único (única faixa etária, exemplo: Colégio só tem o nível de ensino infantil)
tiveram rendimento bem maior do que as escolas com dois segmentos de ensino
(exemplo: Colégio tem nível fundamental e médio), e com objetivo de diminuir as
perdas de alunos e melhorar a qualidade de ensino o Governo de São Paulo
efetivar a Reorganização Escolar a partir de 2016. É preciso fazer diversas
análises sobre as questões problemáticas que a Reorganização escolar pode
ocasionar, no dia 26 de novembro foi realizada uma audiência pública da Comissão
de trabalho, de Administração e Serviço Público, e na oportunidade os
organizadores levaram para debate a proposta da Reorganização do ensino
aplicada em São Paulo. Inúmeros impasses e prejuízos foram mostrados,
principalmente no que se diz respeito à exclusão proporcional da juventude
pobre e trabalhadora das periferias de São Paulo, o fechamento das 94 escolas
estaduais e o fim do ensino noturno nunca será uma política de Governo que
possibilite o acesso à educação, que garanta a permanência e a segurança do
estudante pobre que agora
precisa se locomover até a
escola distante de seu bairro à qual ele foi transferido, ou seja, o Estado não
cumpre com a lei e desrespeita os direitos do cidadão, por que avalia a
educação pública de forma desigual, não garante de fato uma formação de
qualidade para os jovens e puni de forma proposital e errônea o sistema
educacional e os indivíduos que necessitam dele.
Sávio Leal Oliveira
estudante de História/UESC – email: saviolealol@outlook.com
Referências:
Educação Básica no
Brasil/Expansão e qualidade – Leda Scheibe
Educação e Sociedade –
Dermeval Saviani
http://www.educacao.sp.gov.br
http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2015/11
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