A defesa do senador Delcídio
Amaral (PT-MS) confirmou na tarde desta terça-feira (8) que contratou o
advogado penalista Antonio Augusto Figueredo Basto. Preso há duas semanas por
supostamente tentar barrar a Operação Lava Jato, o ex-líder do governo no Senado
quer fazer delação premiada para tentar se livrar da cadeia. A notícia da
contratação foi antecipada pela coluna de Sonia Racy, do jornal O Estado de
S.Paulo.
Delcídio foi capturado por
decisão do Supremo Tribunal Federal a pedido da Procuradoria-Geral da
República. Em conversa gravada por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor
Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o senador é flagrado discutindo um
plano para obstruir a Lava Jato. Ele e o banqueiro André Esteves, do BTG
Pactual, iriam financiar a fuga de Cerveró - preso desde janeiro na Lava Jato.
Nesta segunda-feira (7) o procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou
criminalmente Delcídio. A pedido de Janot, o Supremo autorizou abertura de
outros dois inquéritos contra o ex-líder do governo. A saída de Delcídio pode
estar na delação premiada. Dois dias depois de sua prisão, familiares e amigos
do senador já o pressionavam a fazer delação. Figueredo Basto é especialista
nessa área da advocacia.
Entre seus clientes, por
exemplo, estão o doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, o
ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, e o
lobista Julio Camargo. A defesa de Delcídio vinha sendo conduzida pelo
criminalista Maurício Silva Leite. Na semana passada, Leite pediu ao Supremo
Tribunal Federal revogação da ordem de prisão contra o senador. Em nota, a
assessoria do advogado destacou que a condução do pedido de revogação
"permanece sob a responsabilidade do criminalista Maurício Silva
Leite".
Poder & Política
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