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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Após 73 anos, país registra 1ª morte por febre amarela urbana





Depois de 73 anos sem nenhum registro de febre amarela urbana no país, um novo caso foi confirmado. A auxiliar de enfermagem Rita de Cássia da Silva Santos, de 53 anos, moradora de Natal, morreu em decorrência da doença, informou nesta terça-feira, 29, a Secretaria Municipal de Saúde da capital potiguar. O óbito aconteceu em julho, mas foi divulgado somente agora, após os resultados dos exames laboratoriais feitos no Instituto Evandro Chagas, no Pará, e no Adolfo Lutz, em São Paulo. No entanto, mesmo com o resultado desses dois laboratórios, o Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde da prefeitura de Natal solicitará contraprovas. O órgão estranhou o fato de que a vítima não esteve em área de risco e que nenhum familiar ou vizinho registrou a doença. Outro fato apontado pela Vigilância Epidemiológica de Natal é que, na coleta de ovos do mosquito Aedes aegypti, onde são espalhadas 500 "armadilhas" pela cidade, não foi identificado o vírus da febre amarela. O caso da doença na capital potiguar é visto como "intrigante" pelas autoridades locais.
O irmão da auxiliar de enfermagem, Milton Alexandre da Silva, relatou que a Rita teve como sintomas iniciais as manchas no corpo, depois chegaram ânsia de vômito e dores no corpo. O Rio Grande do Norte é o quarto Estado com o maior número de notificações de microcefalia, que teria sido provocado pelo zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti. Foram notificadas 154 casos no Estado. Nesta terça-feira, a Secretaria Estadual de Saúde instalou uma sala de situação para monitorar focos do mosquito. O serviço vai funcionar junto com estruturas semelhantes montadas em outros Estados da região Nordeste.
Também nesta terça-feira, o secretário estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, reuniu-se com o arcebispo metropolitano de Natal, dom Jaime Vieira Rocha. Na reunião, o secretário expôs a gravidade da situação com o aumento do número de casos de microcefalia causados pelo zika, e a sua preocupação com o surgimento de uma nova epidemia de dengue, principalmente com as chuvas que já começam a cair no Estado.
Foi sugerido ainda que a Arquidiocese oriente aos párocos que nas suas homilias falem da importância de se prevenir contra o Aedes aegypti, tendo em vista a credibilidade da Igreja Católica diante da sociedade. O próprio arcebispo se colocou à disposição para participar de um Dia D de combate ao vetor juntamente com o secretário de Saúde, a ser ainda agendado para o início de janeiro.


Com informações do Estadão Conteúdo.



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