A bancada do PT no Senado se
sentiu traída pelo presidente do partido, Rui Falcão, e pelo Palácio do
Planalto, e deverá procurar a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula,
e a direção petista para conversar sobre os desdobramentos da prisão do senador
Delcídio Amaral (PT-MS), infomou “O Globo”.
Na noite desta quarta-feira
(25), depois da sessão que manteve o petista na cadeia, os senadores se
reuniram para analisar a situação. Consideraram que governo e o PT tiraram
rapidamente o corpo fora e deixaram o problema no colo da bancada.
Somado a isso, consideraram
que houve total falta de articulação, a ponto de a nota em que Rui Falcão nega
solidariedade a Delcídio ter sido conhecida pela bancada por meio do senador
Ronaldo Caiado (DEM-GO).
“É preciso um freio de
arrumação para unificar o discurso. Temos que conversar. Não houve uma
articulação, uma coordenação entre PT, governo e Senado. A bancada ficou
destruída”, lamentou um petista.
Os senadores se mostraram
irritados por não terem sido avisados por Falcão do teor da nota e porque seu
conteúdo, praticamente antecipando a expulsão de Delcídio do PT, interferiu na
posição dos outros partidos, que recuaram e passaram a defender que a votação fosse
aberta.
Ainda segundo “O Globo”, os
senadores do partido relataram que, em nenhum momento Rui Falcão discutiu o
conteúdo da nota. O líder do partido no Senado, Humberto Costa (PE), tomou um
susto ao ver Caiado lendo o texto em plenário. Tentou falar com Falcão por
telefone, mas não conseguiu. Pela manhã, o dirigente havia ligado para o líder
petista, mas somente para aferir o clima no Senado sobre a prisão de Delcídio.
Poder & Política
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