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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Senador petista ameaça virar oposição por causa de alteração em MP




Representantes de entidades sindicais, do Judiciário e do Ministério Público fizeram críticas à proposta que garante a supremacia de acordos coletivos sobre a legislação trabalhista. A chamada prevalência do negociado sobre o legislado foi aprovada semana passada pela comissão mista que analisou a Medida Provisória 680/2015, que cria o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). O assunto foi debatido pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta segunda-feira (5). Revoltado, o senador Paulo Paim (PT-RS) disse que pode deixar a base governista se for confirmada a informação de que a pressão para inserir essa proposta na MP partiu do Planalto ou da Esplanada dos Ministérios.
“Se foi o governo que pressionou, estou fora do governo. Se isso for verdade, vou para a oposição. Tudo tem limite. Espero que não seja verdade. Quero que o governo diga”, afirmou o parlamentar gaúcho. O senador disse acreditar que, quando a MP for ao Plenário da Câmara, os deputados não “vão engolir isso”. Ele fez um apelo ao relator, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), para que volte atrás e retire a emenda da medida provisória.
“O senhor é um jovem deputado que vai entrar para história como aquele que rasgou a CLT. A sua emenda faz justamente isso: rasga a CLT. A partir de hoje, com nossa mobilização, a Câmara há de rejeitar. E o Senado há de cumprir sua parte também”, afirmou.




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