Após 21 dias de paralisação,
a greve dos bancários chegou ao fim nesta segunda-feira (26) na Bahia e em
outros estados. Primeiro, bancários da rede privada concordaram em dar fim à
paralisação. Logo depois, aconteceram votações específicas para o Banco do
Brasil e Caixa Econômica Federal, também optando pela volta aos trabalhos.
Apenas o Banco do Nordeste rejeitou a proposta apresentada pelos empresários e
permanece com as atividades paralisadas, segundo o presidente do sindicato,
Augusto Vasconcelos. A assembleia do Sindicato dos Bancários da Bahia começou
por volta das 18h30 de hoje, no ginásio dos bancários, no Largo dos Aflitos.
Apesar da decisão, em algumas regiões, os bancos públicos decidiram manter a
paralisação. Em nota, o Sindicato dos Bancários de Itabuna e região afirma que
em assembleia realizada hoje funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica
Federal e BNB decidiram rejeitar proposta e continuam em greve. A proposta da
Federação Nacional dos Bancos (Fenabam) ofereceu reajuste salarial de 10%,
aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção
de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação. Os bancos aceitaram também
abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e
72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após o
retorno ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia
útil, até o dia 15 de dezembro.
Em nota, a Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disse que a
proposta representa a “manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática
nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono
parcial dos dias parados”. Em 12 meses, até setembro, a inflação acumulada
chegou a 9,77%, segundo o IPCA-15, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE). Durante a paralisação, mais de 12 mil das 22.975 agências
no país fecharam as portas para o público – na Bahia, foram mais de mil. A
maioria das assembleias pelo país decidiu pelo fim da greve. Os estados de Mato
Grosso e Roraima rejeitaram a proposta dos bancos e decidiram manter a greve.
Fonte: Correio via Blog do Zebrão
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